Dona Antónia Adelaide Ferreira, conhecida por “Ferreirinha”

…, nasceu na Régua em 1811, e foi uma das maiores personagens na história da região do Douro.

Quando morreu, aos 85 anos, deixou a maior empresa nacional de vinho do Porto e uma vasta obra de solidariedade. Uma mulher simples, com uma energia vibrante e uma coragem extrema. Independente do marido, do poder e da política, construiu um império lutando contra adversidades e injustiças. Quando o flagelo da filoxera, um insecto que destrói a raiz das videiras, se abateu sobre o Douro, reagiu de imediato; foi a Inglaterra buscar informação para combater a peste, ajudou outros agricultores da região, empregou milhares de trabalhadores na reconstrução das vinhas, contribuiu para escolas e hospitais e protegeu os probres. Com ela o Douro voltou a florescer. Vinhas, oliveiras e pomares. E rosas e mais rosas. Não só pela sua beleza mas porque se descobriu que, sendo a roseira mais fraca, dá sinal de doença mais cedo alertando para o tratamento a tempo de salvação. São por isso símbolo do período de recuperação. São símbolo de perseverança. São símbolo de tenacidade e bondade que caracterizaram a vida de Dona Antónia.